Historia do Porto
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Povos pré-históricos terão ocupado um pouco toda a região onde se encontra a cidade do Porto, e deixaram alguns dos vestígios que hoje ainda são visíveis, tais como castros, antas ou citânias. Mais tarde, com a conquista peninsular por parte dos Romanos, a região assiste a profundas mudanças. A romanização deixou marcas duradouras na língua, na religião e na lei. O que hoje é a cidade do Porto, outrora designava-se de “Cale” ou “Portus Cale” – mais tarde dará origem ao nome de Portugal. O lugar ocupado pela Sé terá sido um castro, sendo esta o centro de toda a atividade romana e o seu ponto estratégico mais importante. Os núcleos de povoamento multiplicam-se e a cidade expandiu-se até à Ribeira. Em Campanhã, existia mesmo uma vila romana (campaniana) e na Foz do Douro uma grande aglomeração. A romanização de todo o território é completa nos 300 anos vindouros. Com a degradação e consequente queda do Império Romano, outros povos instalam-se na Península Ibérica (Vândalos e Suevos) e estabelecem mesmo um curto reinado – os Suevos, com capital em Bracara (Braga). Mas outro povo bárbaro, os Visigodos, apropriam-se também dos poderes por parte dos guerreiros e Portucale (Porto) continua a ganhar cada vez mais importância. Aproximadamente um século depois, um exército muçulmano desembarca no Sul da Península Ibérica e rapidamente chega a Portucale e a Bracara. Estas regiões são ocupadas e com o passar do tempo desenvolvem-se bastante. Mais tarde, Vímara Peres, fundador da terra portugalense e descendente de Afonso III das Astúrias, teve um importante tributo no ano de 868, ao conquistar o território aos Mouros, restaurando assim a cidade de Portucale que tinha pertencido à antiga província romana da Galécia – dava-se então assim início ao Condado Portucalense. Onde mais tarde se viria a formar, partindo destas terras para Norte e para Sul com o intuito de expulsar os Mouros, o Reino de Portugal. No século XIV, o Porto já era uma das cidades mais importantes do Reino, pois toda a atividade mercantil tinha por esta região um ponto de passagem obrigatório. As ruas, onde ainda hoje se pode observar em alguns sítios, são labirínticas e estreitas. Em 1394, nasce na cidade do Porto o Infante D. Henrique, que viria a liderar em 1414 a expedição ordenada pelo Rei D. João I a Ceuta. Os tripeiros, como ficariam conhecidos os habitantes do Porto, deram toda a carne que tinham disponível para a armada levar na expedição e ficaram com as tripas para si. Destas, fizeram um prato saboroso que nos dias de hoje é uma das iguarias obrigatórias em qualquer restaurante da cidade. Há uma confraria dedicada em especial às “Tripas à moda do Porto”. Os séculos XIV e XV, são de grande desenvolvimento na cidade do Porto, onde desde as feiras que se realizavam um pouco por toda a parte, passando pelas estradas melhoradas ou as novas praças e ruas mais desafogadas, contribuíram para que a economia da região se desenvolvesse consideravelmente. Obrigando assim a que a cidade se “estendesse” para fora das muralhas a partir do século XVIII. Em 1835, o coração do Rei D. Pedro IV – o Rei Soldado, é doado à cidade devido à gratidão pela oposição do Porto na luta das forças liberais contra as forças absolutistas de D. Miguel, as quais foram derrotadas. O coração está guardado na Igreja da Lapa. Mais tarde, também a rainha D. Maria II, atribuiu o título de “Invicta Cidade do Porto” por esta se debater pela defesa dos ideais do liberalismo – o Cerco do Porto. Desenvolvimento da Cidade do Porto
O Porto adquiriu um nível de desenvolvimento significativo, em parte, devido à proximidade com o vale do Douro. Daqui os vários produtos como o azeite ou frutos secos, eram exportados para os vários mercados que os Portugueses iam cada vez mais alargando. Contudo, o grande impulsionador deste desenvolvimento foi, e é, o afamado Vinho do Porto, desde que começou a ser produzido na região vitivinícola do Alto Douro que é a mais antiga região demarcada do mundo. A partir das caves situadas na margem esquerda do rio Douro, em Vila Nova de Gaia, o vinho do Porto é exportado para “os quatro cantos do mundo”. Curiosidades históricas: Em 1415, a população do Porto ofereceu à armada que partiu à Conquista de Ceuta toda a carne disponível ficando para sua alimentação apenas com as tripas. Com elas confecionaram um saboroso prato que é hoje um menu obrigatório em qualquer restaurante da cidade, as "Tripas à moda do Porto". Os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa |
Comer
Comida real 100% vegetal
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Onde dormir
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