Cinfães
Cinfães é uma vila no distrito de Viseu, na sub-região do Tâmega, sede de concelho, que é banhada pelos rios Douro e pelo rio Bestança. É uma região serrana onde os seus dois grandes traços morfológicos são o enorme maciço montanhoso que compõe a Serra de Montemuro, cujo cume atinge os 1382 metros e o vale do Douro que limita o concelho a norte.
Os primeiros povos que habitaram a região terão sido os Celtas, cuja mistura com outros povos nómadas, terá resultado na origem dos lusitanos da idade do ferro. Estes por sua vez, deslocaram-se para as montanhas a fim de se fixarem em posições estratégicas de proteção às constantes invasões de que eram alvo - é nestas encostas do concelho que hoje em dia ainda se encontram os vários castros seculares de origem megalítica.
Com a conquista romana, crescem os primeiros povoados em forma de vilas e cidades, onde estão todos interligados por estradas e pontes medievais que ainda hoje se encontram em bom estado de conservação.
A história de Cinfães está intimamente ligada aos Cavaleiros Templários, que aqui possuíram fortalezas, como a Torre da Chã ou a Torre dos Pintos.
Mas de maior importância é também a história da infância de El-Rei D. Afonso Henriques e seu aio Egas Moniz – que aqui teve a sua residência oficial - cuja infância do soberano foi passada na freguesia de Santiago de Piães. Foi nesta povoação de linhas medievais características que D. Afonso Henriques viveu uma parte da sua juventude, tendo sido educado de uma forma bastante cuidada e estratégica pelo seu aio.
A Cinfães foi concedido, por D. Manuel I, Foral em 1 de Maio de 1513.
Serpa Pinto foi, ao longo dos tempos, a personagem cinfanense que mais se destacou. Natural da freguesia de Tendais, este militar de carreira, foi escolhido para liderar uma expedição científica a África. Esta teria como objetivo atravessar o continente africano desde o Atlântico até ao Índico. Façanha que superou com o maior sucesso e reconhecimento.
A região de Cinfães, está numa grande parte, dedicada à agricultura. Mas o setor secundário está a crescer, com destaque para o comércio a retalho, indústria de transformação ou hotelaria/restauração. Esta última devido à crescente procura a nível turístico, que se tem revelado cada vez mais numa oportunidade de negócio designadamente ao nível da gastronomia e vinhos, turismo de natureza (Serra de Montemuro e Vale do Bestança) e turismo náutico (rio Douro), estando na sua base a criação de meios complementares de restauração e alojamento e empresas de desenvolvimento de atividades/desportos.
No artesanato, destacam-se a cestaria, os tamancos e correeiros em madeira ou cabedal, a tecelagem, a latoaria e a chapelaria.
À mesa, o cabrito assado no forno de lenha, os torresmos, o arroz de lampreia e a posta arouquesa, são algumas das opções que se devem acompanhar com o vinho verde da região.
Na doçaria tradicional, são os doces de manteiga (matulos), a sopa seca, os formigos, e as falachas de castanha pilada que fazem crescer água na boca de qualquer comensal.
A visitar:
- Igreja Românica de Escamarão
- Igreja Românica de Tarouquela
- Igreja de São Cristóvão de Nogueira
- Castro das Coroas
- Monte de São Pedro (Tendais)
- Muralha das Portas de Montemuro
- Museu Serpa Pinto
- Rio Douro
- Rio Bestança
Festas e Romarias:
- São João, a 24 de Junho
- Feira de Artesanato, Gastronomia e Vinho Verde, a 17, 18 e 19 de Julho
Comer
Comida real 100% vegetal
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Onde dormir
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